quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Do fogo e do Povo

O fogo todos os anos devora Portugal. Sinal de purificação? Sinal de renovação? Sinal de desleixo em muitos casos. Certeza de mau ordenamento do território. Está à vista!
A Madeira também não escapou.
Foi com tristeza que si ardidas algumas das plantas que plantei e acarinhei no projecto de rearborização dos amigos do P.E. do Funchal.
Erros e maldade e inconsciência e alguma displicência à mistura tornaram o verde dos montes num novo espaço de tristeza e luto.
Como mãos erguidas em oração, os gravetos carbonizados do que foi a frescura dos montes e o descanso dos olhos, jazem de pé. Porque as árvores morrem de pé.
Urge levantar novos braços  planear a reflorestação e replantar . Porque o madeirense nunca atira ao chão o saco inpernilado que o cobre da chuva ou lhe serve de molheilha para o fardo e o peso dos molhos.
Dos breves troncos novas hastes brotarão em breve.
A esperança voltará a cobrir de vida o solo purificado pelo fogo.
Não podemos adiar mais o ordenamento da nossa floresta.
O coberto vegetal é fundamental.
Não podemos adiar mais a exploração dessa riqueza.
Não podemos adiar mais a educação para a Natureza.

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