terça-feira, 29 de abril de 2014

Amor pátrio

 
E todos partem em busca de pão
E todos cultivam campos de solidão
E a saudade é a sua monocultura
Na crueldade da  ausência dura.
Quem deitará à terra as sementes da esperança?...
Quem, minha pátria sagrada, cantará teu hino?
Quem recordará os heróis, agora, mortos?
Quem, minha alma-pátria? Quem?...
O quê matará as fomes das tuas ausências?
Quem elevará a lua nas noites de escuridão?
Quem trará de volta os velhos que ficaram
Lá longe,... no longe da saudade dos filhos?
Quem, ondulantemente, colherá as espigas
Dos teus campos abandonados, mas sagrados?
Minha pátria adiada, quem te limpará os olhos
Da angústia dos teus filhos, sem lágrimas?
Quem reconhecerá nas tuas fontes o canto,
Vindo do longo sofrimento de séculos?
Quem poderá apagar da alma da tua gente
Este grito de futuro, premente, de saudade:
-Portugal, és a minha alma!
És o meu pão de cada dia
És o meu lamento de cada noite!
És, apesar da diáspora fria,
A estrela na perdida agonia.

segunda-feira, 24 de março de 2014

A EUROPA QUE NÃO EXISTE

"Ninguém aceitaria uma Europa em que uns poupam para que outros possam gastar”, afirmou o primeiro-ministro, numa referência implícita ao manifesto dos 70 que considera remeter para uma "Europa que não existe, nem existirá e ainda bem". in jornal de negócios
Finalmente uma verdade deste coelho tirado duma cartola.
A Europa nunca existiu como desígnio dos povos que a habitam.
A Europa como Nação ou Estado Federado ou Federação de nações é uma masturbação política.
A Europa ou CE, como lhe chamam uns iluminados de cabeça oca apenas é um mero principio alienado do capital e dos mercados que têm mais dívida do que todo o  dinheiro existente no planeta e no universo!
A Europa como bloco de nações com objetivos comuns, apenas se encontra alinhada num:
A masturbação do deficit.
O resto é paisagem!
Os cidadãos europeus são um mero número, sujeito à canga de alguns que os escravizam  através duma máquina fiscal que tudo devora, como um inverno russo, ou um incêndio em serras de Portugal!
O que nos vale é que os nossos politiqueiros nem sabem o valor dos cortes, pois nem contas sabem fazer, nem percebem o mínimo da gestão da polis!
Gerir um país é antes de mais gerir o seu capital humano e a sua capacidade de superação, nunca a sua capacidade de sofrimento!
O declamador da verdade transcrita tem toda a razão:
Não está certo que o povinho ande a apertar as tripas de fome e o costado preso na canga, para os ministros que tão sabiamente nomeou gastem dinheiro a rodos; o banco de Portugal e a Justiça deixe prescrever coimas e crimes.
O povo não aceitas tanta tesourada  na sua casaca, para depois ver o cortejo de rabos de cardeal levados pelos gestores  ministeriais e seus acólitos, digo, boys, a roçar pelo chão, enquanto o povinho, pata rapada, pés descalços, arraia miúda ajoja pelas noites gélidas de Lisboa e outras cidades, à fome , ao frio, mergulhados na angústia de viver, entre o grito das pedras que de pena se moldam e alisam nas esquinas dos prédios onde pernoitam, escondendo a vergonha da esperança roubada.
Aos politiqueiros de Portugal acuso de roubarem a esperança ao seu povo.
Nenhum tribunal tem capacidade de julgar esse crime porque  não está previsto na Lei!
assim todos se safam, menos o povo que continua escarvo e servil, acreditando que aqueles fatiotas, mal educados que se sentam a parlamentar na casa, dita da democracia, falam ao9  mesmo tempo, interrompem  os sócios da oposição, e depois querem que o povo exerça a soberania, através do simulacro do voto.
A Europa não existe!
A democracia é uma miragem e  um mero simulacro. Os deputados ocupam todos os lugares, mesmo que não tenha votado 40% da população e dizem-se representar quem não lhes deu a procuração.
E chamam a isto democracia representativa?
A democracia, como governo do povo e pelo povo está moribunda ou mesmo morta!
Meu país adiado, quem erguerá a voz da tua musa?
Isto só acontece porque o nosso país continua a mão desses corruptos.
Os bons vi sempre passar no mundo grandes tormentos...
E os maus nadam em banhos de ilícito enriquecimento.
Mas para mais me espantar não há quem lhes dê da Justiça
O eficaz merecimento?!

O meu país é uma Nação adiada.
Uns têm a mesa a quebrar de pesada
Outros a macerar de  NADA!
Meu país adiado, do meu descontentamento
Até me dói a alma que jã não tens
Porque os vilões que tomaram ao leme
Já nem de Deus a justiça teme
E apesar dos choros de mães
E dos bracitos esfaimados
E das lágrimas semesperança
Eles continuam no seu risamento
Gulosamente enchendo a pança
Porque a minha Pátria tornou-se um recreio
Onde os de fora têm um prato cheio.
E se há  cidadão reto e coerente
É um outro, um filho do alheio.
- De-se-lhe saneamento!
Não choro porque as lágrimas
Já  me foram roubadas.
E as palavras são  palavras apenas
Já sem som, já sem melodia...
Tão leves e fugidas,
Tão mágoas como as penas
Que me obrigam a sentir...
Cruel é teu destino,
Meu país pequenino,...
E o pior de tudo isto
É que a democracia,
A cravos conquistada
Hoje, na banca, não vale nada.
E a música que  de longe assobia
Virou em ditadura do fisco!

domingo, 1 de setembro de 2013

EU JÁ VIVI O VOSSO FUTURO! Antecipação do futuro?

Li este texto, e nele pude antever a farsa em que se tornou a CEE.
Afinal não somos tão diferentes-



EU JÁ VIVI O VOSSO FUTURO!
 

 
"É surpreendente que, após ter enterrado um monstro, a URSS, se tenha construído outro semelhante: a União Europeia (UE).
O que é, exactamente a União Europeia? Talvez fiquemos a sabe-lo examinando a sua versão soviética.
A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam mutuamente e não tinham que responder perante ninguém. A UE é governada por duas dúzias de pessoas que se reúnem à porta fechada e, também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente impunes.
Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma espécie de Parlamento, o Soviete Supremo. Nós, (na URSS) aprovámos, sem discussão, as decisões do Politburo, como na prática acontece no Parlamento Europeu, em que o uso da palavra concedido a cada grupo está limitado, frequentemente, a um minuto por cada interveniente.
Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito elevados, com prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicial vitalícia, sendo apenas transferidos de um posto para outro, façam bem ou façam mal. Não é a URSS escarrada?
A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação militar. No caso da Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das armas, mas pelo constrangimento e pelo terror económicos.
Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente. Desde que deixou de crescer, começou a desabar. Suspeito que venha a acontecer o mesmo com a UE. Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade histórica: o Povo Soviético. Era necessário esquecer as nacionalidades, as tradições e os costumes. O mesmo acontece com a UE parece. A UE não quer que sejais ingleses ou franceses, pretende dar-vos uma nova identidade: ser «europeus», reprimindo os vosso sentimentos nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma outra parte do mundo.
Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação. É exactamente isso que vemos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção de fagocitar os estados-nação para que deixem de existir.
O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na UE. Os procedimentos antidemocráticos que víamos na URSS florescem na UE. Os que se lhe opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada mudou. Na URSS tínhamos o «goulag». Creio que ele também existe na UE. Um goulag intelectual, designado por «politicamente correcto». Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça e a sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente correctas», sereis ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio da perda da vossa liberdade. Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra. Dizem-nos exactamente a mesma coisa na UE. Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas. A UE é o velho modelo soviético vestido à moda ocidental. Mas, como a URSS, a UE traz consigo os germes da sua própria destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar, porque irá desabar, deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas económicos e étnicos. O antigo sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo, a UE também o é. (...)
Eu já vivi o vosso «futuro»..."
Vladimir Bukovsky

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

GOGITANDO DE RERUM PUBLICA

 Era o que faltava estes senhores, pagos pelos contribuintes ( "conferência organizada pelo Governo") ainda terem direitos de autoria e de citação.
Afinal este debate não nasceu da sociedade civil. Este debate apenas interessa aalguns setores da sociedade que querem escravizar e não tornar maiores os seus concidadãos!
Aliás se este é um assunto de interesso público como se apregoa..., deveria ter cobertura direta e que cada cidadão interessado que tirasse as suas conclusões, mas não só devem sair as frases bombásticas à execução do plano económico que interessa ao governo!
Eu tenho o direito constitucional de aceder à informação total e íntegra, sem borilhados opinitivos de falantes que nada dizem e nem parafrasear sabem.
O debate passou dessas conferências para as redes sociais. Essas assembleias, de gente inútil, só servem para dar de mamar a alguns amigos que as organizam à custa dos impostos dos contribuintes, e nada trazem de novo. Já sabemos para onde caminha o Estado, já sabemos para onde caminha o pensamento económico: Para o abismo do nada! Porque se quer resolver questãos emocionais com pensamento racional. A Emoção é anterior à razão e neste momento não temos um único líder político que saiba liderar emocionalmente. O líder emocional sabe para onde vai, sabe como quer fazer o caminho, sabe como sinergizar as emoções para que o voo longínquo da razão seja mais consensual. Sabe, sobretudo, que um esforço partilhado pelo bando, pode ser arruinado por um pensamento nefasto.Sabe de antemão que não pode avançar sem compromisso de todos, mesmo que o esforço parece ser disigual, deve ser proporcional às asas de cada ganso.
Ter sentido de Estado, de Nação, de País e de Pátria é a base da mobilização das gentes. Precisamos de estadistas, quase diria de um enviado. Precisamos de alguém com coragem para dizer os sacrifícios que serão feitos, mas que, semana a semana, mostre os progressos conseguidos e motive a novo novo.
Precisamos de políticos na verdade grega do termo. A polis e o seu governo estão acima das vontades pessoais!
Homens deste perfil e verticalidade não interessam!?
Onde estão eles?
Já dizia o meu avô, tem mais de quarenta anos, que chegaria um tempo em que se contariam os HOMENS de cabeço a cabeço".
Esse tempo já chegou.
Os cabeços estão lá os Homens é que não!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A VIDA DUM PAÍS ADIADO


Isto só acontece porque o nosso país continua a mão de interesses  corruptos.
"Os bons vi sempre passar no mundo grandes tormentos...
E os maus nadam em banhos de ilícito enriquecimento.
Mas para mais me espantar não há quem lhes dê
da Justiça o eficaz merecimento!?"


O meu país é uma Nação adiada.
Uns têm a mesa a quebrar de pesada
Outros a macerar de  NADA!
Meu país adiado,chora
O meu descontentamento.
Até me dói a alma que jã não tens,
Porque os vilões que tomaram o leme
Já nem de Deus a justiça teme...
E, apesar dos choros de mães
E dos bracitos esfaimados
E das lágrimas sem esperança,
De velhos, farrapos cansados.
Reféns da vil austeridade,
Eles continuam no seu risamento
Empantorrando a javarda pança!
Porque se tornou a Pátria um recreio?
Onde os de fora mamam ao prato cheio.
E se há  cidadão reto e coerente
É um outro, um filho do alheio.
E apesar da sua pertinaz labuta
Desconfiado e olhado de alto:
- Escravo... Filho da puta!
-Dê-se-lhe saneamento!

Não choro! Entreguei as lágrimas,
Foram penhoradas às finanças.
E as palavras são  palavras apenas
Já sem som, já sem melodia...
Já não são nada, apenas eco.
Um eco tão distante!...
Daquele hino da saudade
Deixai-me morrer às portas da austeridade.
Não quero que minha bandeira
Seja entregue como glória derradeira,
Duma esperança que não há de chegar,
Porque  na há esperança,
Até isso nos conseguiram roubar

E o pior de tudo isto
É que a democracia,
A cravos conquistada,
Assobia de longe a melodia
Que na banca não vale nada.
E a Grândola vila morena,
Virou uma ditadura do fisco!
Um ultraje a quem cumpre e produz,
Tratados como criminosos
Pelos fariseus do níquel!

Perdoai-me, ó corruptos,
Se me ensinaram a ser honesto.
É que agora quebra, mas não dobra,
A minha vontade de mar...
Dá-lhes, Senhor, o paraíso.
A mim dai-me, primeiro, juízo
Porque neste país adiado,
Dormente de mar azulado,
Tenho o país que não mereço!
E a força, de mesmo morto, esperar!

segunda-feira, 19 de março de 2012

A Sapiência das Finanças

 

"Portugal sem "orçamento ou credibilidade" para "jogar o jogo" de estímulos à economia."


Como pode um ministro das finanças dizer tal disparate e continuar mamando do erário público. Saia do cargo, se é incapaz de relançar a economia e deixe de pedir mais escravidão aos portugueses.
Mas com aquele tom monocórdico adormece até o mais revoltado cidadão. Ele tem dom para ama de crianças.
Só não há estímulos porque os responsáveis nunca sentaram o cu no banco dos réus e responderam pela incompetência, para não dizer gestão criminosa da res pública.
Como é explicável o crescimento da Islândia, um país que estava na bancarrota? Cresceu porque rota ficou a banca, mas em Portugal cobriu-se o BPN com os dinheiros dos contribuintes e até agora ninguém foi metido em grades!
Lá foram julgados e os que mereceram foram condenados, o país uniu-se e fez a economia crescer.
O único estímulo que precisamos para fazer a economia crescer é que se faça justiça e socialmente se veja o resultado da aplicação da JUSTIÇA!
Sem que a justiça se aplique eficaz e em tempo oportuno, o meu Portugal será um país adiado!