quarta-feira, 15 de junho de 2011

Acredito nas flores



A esperança mora aqui ao lado numa réstia de fé.
Apesar da TROIKA
Apesar do FIM/FMI
Apesar de já nem querer saber se acredito.
Sinto que o meu país continua mais adiado.

Resta-me as flores do caminho
Que regressam todas as primaveras,
Sem promessas sem truque,
Apenas com a simplicidade
Da sua beleza e desejo de viver.
Como posso acreditar num país escravo?
Meu Portugal adiado de caravelas, de mastros varonis.
Meu Portugal, quando poderei beijar a tua bandeira?
Sem ter que vergar os quadris
Como uma junta de bois
Sob a canga do capital usurário.
Meu Portugal,

És o meu próprio exílio.
.

1 comentário:

Viviana disse...

Olá,Jordão Freitas

Quando vi estas flores azuis, sorri e emocionei-me.
É que pertinho da minha casa, na chamada"recta" - que é uma estrada recta quase sem trânsito, onde os "caminhantes caminham"...há uma extensa zona á beira da estrada onde estas flores lindas se penduram num gradeamento de arame, e como que sorriem para quem passa.

Tenho muitas fotos delas.

Depois, ao ler este seu poema -Acredito nas flores - e olhando para a sua foto de homem jovem...fiquei impressionada. Tanta sensibilidade!


Depois, as palavras tão carregadas de um sentimento tão bonito!

Gostei muito.
Tanto, que vou levar comigo se não se importar, para dar a conhecer aos meus amigos.
Posso?
Obrigada.

Vou passar por aqui sempre que puder

Um abraço, juntamente com o desejo de muitas bençãos do céu, sobre si, meu amigo
viviana